Descendentes de Japoneses que fizeram sucesso no Brasil como desenhistas

Com a febre dos Mangás, temos que lembrar que muitos desenhistas, principalmente os que são descendentes de japoneses influenciaram nos tempos remotos, onde não tinha celular, internet etc. Confira alguns artistas:

Alexandre Nagado

Em 1986, começou a estudar desenho e quadrinhos com o professor Ismael dos Santos, do estúdio-escola Núcleo de Arte, com o qual colabora até hoje. Em 1988, aos 17 anos, começou a publicar profissionalmente, desenhando cartuns para jornais de empresas. Tem produzido ilustrações para agências e estúdios, desenhos para comunicação empresarial, story-boards, temas infantis e outros. Desde 1989, realiza também o trabalho de caricaturista ao vivo em feiras, eventos, festas e convenções. 

Em 1990, começou a trabalhar com roteiros para quadrinhos, tendo estreado com Flashman, para a Editora Abril, escrevendo também Maskman e Changeman. Para a EBAL, assinou Sharivan, Machine Man e Goggle V. Em 1993, iniciou o trabalho em Street Fighter II, revista que roteirizou em 15 edições. 

Criou os personagens Blue Fighter (Ed. Escala e Trama), Dani (Ed. Escala e Via Lettera) e Amigos da Água (institucional para o DAEE - Depto. de Águas e Energia Elétrica). Em 2003, foi o organizador e um dos autores do álbum Mangá Tropical (Ed. Via Lettera). Na área de quadrinhos didáticos e institucionais, assinou trabalhos sob encomenda para a Votorantim, Dersa, Pão de Açúcar, Bosch, ABB, Santander Banespa, EAN Brasil e diversas outras empresas e entidades que utilizaram o potencial comunicativo dos quadrinhos.

Desde 1992, atua também como redator, tendo escrito para diversas revistas (Herói, Henshin) e sites (Omelete, Bigorna, Nippo-Jovem, Nihonsite).
Parte de seu material de pesquisa sobre mangá, desenhos e seriados japoneses foi compilado no livro Almanaque da Cultura Pop Japonesa (Ed. Via Lettera), lançado em 2007. 



Claudio Seto

Claudio Seto, nascido Chuji Seto Takeguma (Guaiçara194415 de novembro de 2008) foi um polímata brasileiro, descendente de japoneses, tendo se destacado nas áreas de artes plásticas (sendo um dos mais renomados desenhistas de quadrinhosno Brasil), poesiafotografiaanimação cultural e bonsaísmoEm 1975, depois do fim da Edrel devido a censura ditatorial, Seto retornou a sua cidade natal, onde foi eleito vereador por duas gestões.

O nome Claudio Seto foi adotado por Chuji a fim de receber um diploma no curso primário. Na época, na escola rural de Jundiaí, no bairro do Engordadouro, não entregavam diploma para pagãos, e Chuji era budista. Chuji, e mais meia dúzia de nisseis que estudavam lá, foram devidamente catequizados como faziam com índios na época colonial.
Em 1967 começou a colaborar com a Edrel, e lá fundou o estúdio Seto Produções Artísticas e criou personagens inspirados no que se produzia no Japão daquela época, sobretudo pelo shojo (mangá para meninas) e pelo gekigá (mangá para adultos).
Em 1978, Seto passou a fazer parte da Editora Grafipar de Curitiba, onde trouxe de volta sua personagem Maria Erótica, que era publicada pela Edrel, republicou suas histórias de Samurai e voltou a desenhar mangás com seu Super-Pinóquio (outro personagem inspirado em Astro Boy), além de roteirizar Robô Gigante, ilustrado por Watson Portela criou também a personagem de faroeste Katy Apache, uma brasileira criada entre índios apaches. Katy foi inspirada na personagem de Raquel Welch no faroeste Hannie Caulder de 1971, onde vestia apenas um poncho.
Mesmo sendo reconhecido como um dos precursores do estilo mangá, Seto foi aconselhado a mudar de estilo, alguns de ser trabalhos foram inspirados em fotonovelas italianas e em artistas da Revista MAD.
Foi conselheiro da Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações (Abrademi), na época de sua fundação em 1984, e depois foi presidente da unidade Paraná da mesma.
Trabalhou nos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná publicando charges, e no jornal Correio de Notícias publicando tiras.
Claudio Seto faleceu vítima de AVC.


Seu último livro foi "Lendas trazidas pelos imigrantes do Japão, publicado pela Devir Livraria.


Denise Akemi
Denise Akemi Nakama é uma desenhista brasileira de descendência japonesa que trabalhou em várias revistas como Hypercomix, Desenhe e Publique Mangá e Tsunami.
Seu primeiro trabalho como desenhista foi o fanzine Tsunami que tinha sátiras de animes como Yu Yu Hakusho e depois começou a trabalhar no mercado editorial em 1998 nas edições 11 e 13 da Hypercomix da editora Magnum onde ela desenhou as capas além de publicar 2 histórias de sua autoria que foram Yo Yo já Rachou, sátira de Yu Yu Hakusho que foi publicada na edição 11 e Darksoul, história original que foi publicada na edição 13.
Em 2000 ela colaborou na revista Desenhe e Publique Mangá 1 da Editora Escala com a hq Twilight e a republicação de Darksoul que foi publicada originalmente na Hypercomix 13.
Fora das histórias em quadrinhos ela trabalhou na ´serie de revistas didáticas Como Desenhar Mangá da Editora Escala.
Em 2003 ela publicou a Tsunami, uma versão revista de seu fanzine na Editora Talismã que contou com vários colaboradores e durou cinco números.
Seu último trabalho foi a arte da HQ Mercenário$ que foi publicada em 2004 pela Editora Talismã, com roteiro de Petra Leão e Fran Briggs e desde então ela nunca mais publicou nenhum trabalho e ninguém sabe por onde ela anda e o que está fazendo atualmente.



Fábio Yabu
Fábio Yabu (Santos1 de setembro de 1979) é um escritor, cronista, criador de desenhos animados e roteirista de histórias em quadrinhos brasileiro. Em 1998 criou a série em quadrinhos online Combo Rangers, uma das primeiras histórias em quadrinhos a ser publicada exclusivamente na Web. Em 2000, a série migrou para o portal Zip.net, que depois foi absorvido pelo UOL.







Júlio Shimamoto
Júlio Yoshinobu Shimamoto, referido às vezes referido como Shimamoto ou simplesmente Shima (Borborema1939) é um desenhista de histórias em quadrinhos brasileiro de descendência japonesa.
Particularmente muito conhecido por seus trabalhos no gênero terror, estreou profissionalmente como desenhista de histórias em quadrinhos em 1959 pela Editora Continental/Outubro, onde desenhou a primeira HQ do Capitão 7, personagem surgido na televisão. Fez parte da CETPA (Cooperativa e Editora de Trabalho de Porto Alegre-RS), em Maio de 1963, criou a pedido de Maurício de Sousa, a tira de jornal O Gaúcho, para o Suplemento Infanto-Juvenil do jornal Folha de S. Paulo.
Entre 1961 e 1964 Shimamoto foi um dos responsáveis pelo movimento de nacionalização dos quadrinhos, ao lado de Mauricio de Sousa, Ely Barbosa, Gedeone Malagola, Lyrio Aragão, Luiz Saidenberg, entre outros. Integrou a Associação de Desenhistas de São Paulo (ADESP). Temendo represálias passou a se dedicar a publicidade.
Entre em meados da décadas de 1970 e início 1980 trabalhou com quadrinhos em várias editoras, Vecchi, Grafipar, Bloch Editores, onde desenhou e roteirizou HQs de terror, artes marcias. e, em menor grau, HQs eróticas. Além de ilustrar histórias de O Fantasma de Lee Falk para Rio Gráfica Editora, nessas histórias, Shimamoto não era creditado, mas colocava o nome "Shima" escondido nas cenas, tal qual Renato Canini em Zé Carioca da Editora Abril.
Ainda na década de 1980, voltou a trabalhar com publicidade, produzindo storyboards e manuais de treinamento para empresas.
Em 1977, foi o vencedor, junto com os publicitários Jacques Lewkowicz e Paulo Hiroshi do 2º Concurso do Cartaz do Cinema, promovido pelo Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ), dentro da Campanha de Nacionalização do Cartaz de Cinema, para a criação de um cartaz nacional para o filme King Kong. O trabalho nunca chegou a ser utilizado, no entanto. 
Em 2002 Shimamoto recebeu uma homenagem da Câmara Municipal de São Paulo e em 2005 recebeu outra homenagem, dessa vez a Moção de Congratulação nº 230/05 pela Câmara Municipal de Jaboticabal.
Foi convidado de honra e homenageado no 5º Festival Internacional de Quadrinhos em 2007, tendo o Japão como país homenageado. 2008, ilustrou o livro BANZAI! História da Imigração Japonesa no Brasil para as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa. em 2009 publica Samurai, uma colêtanea de histórias sobre samurais, ninjas, entre outros artistas marciais pela EM Editora (na verdade um selo da Mythos Editora) e Quadrinhos para telefone celular da Operadora Oi Seu apelido nos círculos de histórias em quadrinhos é "Samurai dos quadrinhos".
Em 2011, surgiu um projeto de um curta de animação baseado na história O Ogro escrita por Antonio "Toni" Rodrigues e ilustrada por Shimamoto publicada na revista Calafrio #27 em1984.


Minami Keizi
Minami Keizi (Getulina, 9 de junho de 1945 — Itapevi, 14 de dezembro de 2009) foi um quadrinista nipo-brasileiro, considerado um dos responsáveis pela introdução do estilo mangá no Brasil. Keizi era formado em Jornalismo e em Desenho.
Nascido em Lins, no interior de São Paulo em uma família de oito irmãos, Keizi foi criado pelo avô, que era médico, monge budista e mestre de jiu-jitsu, com quem viveu até os 12 anos. Keizi teve contato com os mangás, através do pai, que recebia publicações japonesas do CAC (Cooperativa Agrícola de Cotia), nessas publicações conheceu o trabalho de Osamu Tezukae passou a copia-lo.
Em 1963, ao terminar o Ensino Fundamental, resolveu tentar a carreira de desenhista na capital paulista, publicou o conto "Pedrinho e a Greve dos Relógios" no Jornal Juvenil, com arte de Zezo. Em 1964, decidi apresentar a editora Pan Juvenil, seu personagem Tupãzinho (inspirado em Astro Boy de Osamu Tezuka), ao se deparar com o estilo mangá de Keizi, o também Wilson Fernandes, disse a Keizi que a aquele estilo estranho (olhos grandes e pernas compridas) não faria sucesso no Brasil. Em 1965, publicou uma tira diária do Tupãzinho no Diário Popular (atual Diário de São Paulo) , seguindo a sugestão de Wilson Fernandes, resolveu mudar a anatomia do personagem e passa a se basear no model sheet dos personagens infantis da Harvey Comics, como Gasparzinho e Brasinha.
Em 2004, recebeu o Prêmio Angelo Agostini na categoria Mestres do Quadrinho Nacional e em 2008, Minami, Ypê NakashimaFernando Ikoma e os irmãos Paulo e Roberto Fukue , recebem o Troféu HQ Mix na categoria Grande Mestre, pela primeira vez o Troféu premiava cinco artistas ao mesmo tempo, além de ser tema de um documentário em curta-metragem"Minami Em Close-Up - A Boca Em Revista".

Ypê Nakashima
Nascido em Oita, ilha Kyushu, em 5 de junho de 1926, aos 17 anos, ingressou na Escola de Belas Artes de Quioto, contrariando as vontades do pai, em 1945, é obrigado a largar os estudos por ter sido convocado para servir em um batalhão anti-aéreo em Nagasaki, cidade ficaria conhecida pelo bombardeio da bomba atômica. Após o fim da guerra, passa a colaborar com artigos, charges e yonkomas (tiras de jornal), para os jornais, Asahi Shimbun, Mainichi Shimbun, Yomiuri Shimbun, entre outros. Em 1950, casa-se com Emiko Nakashima, com quem tem três filhos, contudo, apenas o caçula sobrevive, Itsuo.
Em 1956, resolve se mudar com esposa e filho para o Brasil, logo conhece a colaborar com publicações da colônia japonesa, prestando os mesmos serviços que fazia no Japão para a Cooperativa Agrícola de Cotia, Nippak Shimbum, São Paulo-Shimbun, entre outros. Em 1959, começa a trabalhar com animação, criando uma série de curta-metragens estrelados pelo o papagaio Papa-Papo, em 1963, produz o décimo segundo curta estrelado pelo papagaio, porém, nunca chegou a comercializar essa animações, em seguida, começou a trabalhar em animações publicitárias com João Luis de Carvalho Araújo, na época, funcionário da Willys Overland do Brasil com quem funda o estúdio Telstar, dentre os anúncios criados está o comercial dos cobertores Parahyba, em 1966, resolve criar um longa-metragem de animação influenciado pelos folclores brasileiro e japonês, Piconzé, Ypê coloca um anúncio no jornal São Paulo-Shimbun para conseguir mão de obra para produzir o filme, em 1972, Piconzé é finalmente finalizado e exibido em janeiro do ano seguinte, foi o segundo longa-metragem de animação brasileiro e o segundo colorido do país, o filme foi premiado com a Coruja de Ouro do Instituto Nacional do Cinema (INC), por conta dos trabalhos no longa, Ypê desenvolveu uma artrose no ombro, chegou a iniciar um novo longa-metragem, contudo,viria a falecer em 6 de abril de 1974, vítima de uma hemorragia interna. Inspirado no pai, o filho Itsuo Nakashima torna-se um animador, tento inclusive trabalhado em animações da Turma da Mônica da Mauricio de Sousa Produções.


Wikipédia

Comentários

  1. Mais sobre o Ypê http://tvmemory.blogspot.com/2017/08/sr-bra-da-colonia-sao-paulo-shimbun-1956.html

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  2. Respostas
    1. E um misterio , ela poderia tá publicando tanta coisa pelo catarse.

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