Os maiores criminosos da História

Existem criminosos que fizeram fama, até viraram filme, livros, conheçam os 10 criminosos que ficaram famosos pela mídia:

Bonnie Parker
Bonnie Elizabeth Parker (Rowena, 1 de outubro de 1910 — Bienville Parish, 23 de maio de 1934) foi uma famosa criminosa norte-americana que, com o namorado Clyde Barrow e sua quadrilha de assaltantes, cometeu assaltos pelo interior dos Estados Unidos no começo da década de 1930, até ser morta pela polícia em 1934. Ela e seu companheiro ficaram conhecidos na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Bonnie teve uma infância pobre e difícil com a mãe e os dois irmãos, depois que seu pai morreu quando ela tinha quatro anos, provocando a mudança da família de sua cidade natal de Rowena para Dallas, no mesmo estado do Texas.
Apesar da infância na mais absoluta pobreza, ela era uma ótima aluna de inglês e redação que escrevia poemas de qualidade, inclusive vencendo para sua escola um concurso da liga de ensino do Condado em literatura. Na adolescência, sua facilidade com a escrita fez com que chegasse a trabalhar escrevendo introduções de discursos para políticos locais. Descrita como uma jovem inteligente, de personalidade e força de vontade pelos que a conheceram, Bonnie era uma pequena loira atraente de 1,50 m e 41 kg.
Seu talento para a poesia e a literatura ficou expresso em dois poemas que se tornaram famosos após sua morte, Suicide Sal e The Story of Bonnie and Clyde.
Bonnie casou-se em setembro de 1926 aos quinze anos, com Roy Thornton, um rapaz da área, mas o casamento durou pouco e eles se separaram em janeiro de 1929 e Roy foi condenado a cinco anos de cadeia por roubo pouco tempo depois. Em 1930, trabalhando como garçonete, ela conheceu o homem que mudaria sua vida, a levaria para uma vida aventureira e fora-da-lei de crimes e a tornaria famosa no mundo todo por gerações, Clyde Barrow.
Clyde tinha a mesma idade de Bonnie e ao se conhecerem se apaixonaram imediatamente e Bonnie largou tudo para seguir o bandido. Dali em diante, ela se mostraria uma leal companheira de Clyde e com a ajuda de outros bandidos e do irmão de Barrow, os dois formaram uma quadrilha que aterrorizaria por quase quatro anos o centro dos Estados Unidos, assassinando civis e policiais e assaltando bancos, lojas e postos de gasolina, sendo mitificados pela mídia americana, até serem mortos numa emboscada, depois de uma longa caçada humana, numa estrada deserta perto de Bienville Parishem, no estado da Louisiana, em 23 de maio de 1934.

Clyde Barrow

Clyde Chestnut Barrow (Condado de Ellis, 24 de março de 1909 – Bienville Parish, 23 de maio de 1934) foi um ladrão e assassino que aterrorizou o meio-oeste dos Estados Unidos no começo da década de 1930, chefiando uma quadrilha de assalto a bancos e postos de gasolina integrada por seu irmão Buck, por sua namorada Bonnie Parker e por outros bandidos. Seus feitos tornaram o casal conhecido na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Nascido numa família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo Clyde começou seu envolvimento com a polícia e o crime. Aos 16 anos foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder, que ele não havia devolvido à locadora no prazo certo. A segunda prisão, desta vez junto com seu irmão Buck, foi por roubar perus de uma propriedade.
Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre 1927 e 1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em lojas de conveniência e roubando carros. Apesar de ser principalmente reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
Embora nunca citado o fato, Clyde também era um homem muito inteligente.
De acordo com o historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errônea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas de Warren Beatty, o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando bancos, mas se vingar do sistema carcerário americano pelos abusos que havia sofrido em suas prisões. Segundo Phillips, ele na verdade se sentia culpado pelas pessoas que assassinava.
Depois de conhecer Bonnie Parker em 1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche montaram a quadrilha conhecida como Barrow Gang e nos anos seguintes levaram o terror à população dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais que se colocavam em seu caminho, até ser finalmente morto a tiros junto com Bonnie dentro do carro que dirigiam, numa emboscada montada pela polícia numa estrada deserta da Louisiana em 23 de maio de 1934.

John Dillinger
Dillinger nasceu em Indianápolis, Indiana. Filho de John Wilson Dillinger (1864-1943) com a primeira esposa Mary Ellen "Mollie" Lancaster (1860-1907). Se alistou na Marinha, mas desertou poucos meses depois. Em seguida, Dillinger voltou para Indiana e se casou em 12 de abril de 1924 com Beryl Ethel Hovious. Entretanto teve dificuldades em arrumar emprego fixo e manter seu casamento.
Dillinger se tornou criminoso e foi preso em 1924 na Cadeia Estadual de Indiana. Atrás das grades conheceu ladrões de bancos perigosos como Harry Pierpont de Muncie (Indiana) e Russell "Boobie" Clark de Terre Haute. Trabalhou na lavanderia da prisão e assim ajudou uma fuga de Pierpont, Clark e outros. Dillinger ficou preso na Cadeia de Indiana até 1933, quando foi solto por liberdade condicional. Ao sair, se juntou aos criminosos que ajudara. Graças a notoriedade adquirida pelo criminoso, o grupo ficou conhecido como "a primeira gangue de Dillinger" que, além de Pierpont e Clark, ainda contava com Charles Makley, Edward W. Shouse Jr., Harry Copeland, "Oklahoma Jack" Clark, Walter Dietrich e John "Red" Hamilton. Homer Van Meter e Lester Gillis (Baby Face Nelson) formariam a "segunda gangue de Dillinger", após a fuga dele de Crown Point (Indiana).
Segundo a imprensa, Dillinger usava diferentes golpes em seus roubos a banco: se disfarçou de vendedor de alarmes de segurança em Indiana e Ohio. De outra vez sua gangue se passou por uma companhia cinematográfica que queria encenar um roubo a banco. Se dizia que a gangue de Dillinger roubara cerca de $ 300.000 dolares (correspondente a 5 milhões de dolares atuais) de dezenas de bancos.
Poucos meses depois da saída da Cadeia Estadual de Indiana, ele voltou à prisão, em Lima (Ohio), mas sua gangue o libertou, assassinando o xerife Jessie Sarber. A maior parte da quadrilha foi capturada no fim do ano em Tucson, Arizona durante um incêndio no Historic Hotel Congress. Dillinger foi preso e enviado para a cadeia de Crown Point, Indiana. Ele foi processado por suspeita do homicídio do guarda William O'Malley durante um tiroteio em um banco em East Chicago, Indiana.
Durante os procedimentos do processo, foi tirada uma famosa fotografia de Dillinger apontando uma arma para o promotor Robert Estill.
Em 3 de março de 1934, Dillinger fugiria de Crown Point. O bandido aparentemente usou uma arma moldada atráves de uma barra de sabão, fato explorado no folclore sobre gângsters. Essa fuga trouxe constrangimentos a xerife Lillian Holley, que ameaçou Dillinger de morte.
Dillinger cruzou a fronteira de Indiana-Illinois num carro roubado, cometendo um crime federal que o colocou sob a mira do FBI.
Em abril, a quadrilha apareceu em Manitowish Waters, Wisconsin, procurando um esconderijo. Eles foram denunciados à promotoria de Chicago, que contatou o FBI. Logo uma equipe de agentes liderados por Hugh Clegg e Melvin Purvis cercou o esconderijo, mas os bandidos foram avisados. No tiroteio que se seguiu a quadrilha fugiu em debandada. O agente W. Carter Baum foi atingido e morto por "Baby Face" Nelson.
No verão de 1934, Dillinger sumiu de circulação. Ele foi para Chicago e usou o nome de Jimmy Lawrence. Arranjou a namorada Polly Hamilton, que não sabia da sua identidade. Mas o FBI encontrou seu carro, logo deduzindo que estava na cidade.
Dillinger havia ido ao cinema assistir o filme de gângsters Manhattan Melodrama no Biograph Theater em Lincoln Park. Dillinger estava com sua namorada Polly e com Ana Cumpanas (conhecida por Anna Sage). Sage estava com problemas de imigração e fez um acordo com Purvis e o FBI para emboscar Dillinger. Ela não disse ao certo o cinema que iriam, então a equipe de agentes se dividiu em dois locais. Na saída do cinema escolhido, os agentes atiraram em Dillinger, matando-o. Dillinger foi baleado três vezes, sendo atingido no coração. Sage usou um vestido laranja, para que os agentes a identificassem. A luz artificial distorceu a cor, fazendo com que surgisse o mito da "dama de vermelho", um personagem traiçoeiro. Mesmo tendo colaborado com o FBI, Sage foi deportada para Romênia em 1936, onde morreria onze anos depois.
Dillinger foi enterrado no Cemitério de Crown Hill  em Indianápolis.
Em 2006 o Discovery Channel exibiu o documentário The Dillinger Conspiracy, no qual se sugeriu que o sargento da polícia de Chicago Martin Zarkovich era quem estava com a arma identificada como a de onde partiu a bala que matou Dillinger.

Al Capone
Alphonse Gabriel Capone nasceu em 17 de janeiro de 1899, no bairro do Brooklyn, na cidade de Nova Iorque. Seus pais, Gabriele Capone (1865-1920) e Teresina Raiola (1867-1952), eram imigrantes da Itália. Seu pai era um barbeiro e sua mãe era uma costureira, ambos nascidos na pequena vila de Angri, província de Salerno.
Al Capone cresceu numa vizinhança muito pobre e pertenceu a pelo menos duas quadrilhas de delinquentes juvenis. Aos quatorze anos foi expulso da escola em que cursava o ensino médio por agredir uma professora. Integrou o grupo dos Cinco Pontos (Five Points Gang) em Manhattan, e trabalhou para o gângster Frank Yale.
Em 1918, Capone conheceu Mae Joséphine Coughlin, de ascendência irlandesa. Em 4 de dezembro de 1918, Mae deu à luz seu filho, Albert Francis "Sonny" Capone. Al Capone casou-se com ela no dia 30 de dezembro do mesmo ano.
No ano seguinte, 1919, foi enviado por Frank Yale para Chicago transferindo-se para lá com sua família para uma casa localizada em South Prairie Avenue, 7244. Tornou-se braço direito do mentor de Yale, John Torrio.
Quando Torrio foi alvejado por rivais de outras gangues, Capone passou a liderar os negócios e rapidamente demonstrou que era melhor para comandar a organização do que Torrio, expandindo o sindicato criminoso para outras cidades entre 1925 e 1930.
Aos 26 anos mostrava-se um homem sem escrúpulos, frio e violento. Em 1929 foi nomeado o homem mais importante do ano, junto com personalidades da importância do físico Albert Einstein e do líder pacifista Mahatma Gandhi.
Capone controlava informantes, pontos de apostas, casas de jogo, bordéis, bancas de apostas em corridas de cavalos, clubes noturnos, destilarias e cervejarias. Chegou a faturar 100 milhões de dólares norte-americanos por ano, durante a Lei Seca, tendo sido um dos que mais a desrespeitaram. Por ser promíscuo, acabou contraindo sífilis, o que o obrigava a tomar remédios fortes.
Em 1931, foi condenado pela justiça americana por fuga aos impostos, com onze anos de prisão. Sua pena foi revisada em 1939, em decorrência de seu estado de saúde; ele tinha sífilis e apresentava traços de distúrbios mentais e morreu em 1947 na prisão de alcatraz.

Billy the Kid
Embora ainda existam algumas dúvidas, acredita-se que Billy the Kid tenha nascido em Manhattan, Nova Iorque, em 23 de novembro de 1859 com o nome de Henry McCarty. Perdeu o pai ainda cedo e mudou-se com a mãe (Catherine) e o irmão para Indiana. Lá, Catherine casa-se novamente com Bill Antrim.
Mudam-se novamente, primeiro para Wichita (Kansas), depois para Santa Fé e finalmente Silver City (Novo México). Onde sua mãe adoece e morre. Henry, ou Billy tinha então 14 anos. Em Silver City é preso com um amigo seu, George Shaffer, em uma lavanderia acusado de roubar roupas. Mas foge da prisão e vagueia pelo deserto americano e mexicano praticando furtos de cavalos.
Aos 17 anos, no Arizona, pratica seu primeiro homicídio, matando Frank P. Cahill. Um ferreiro tido como brigão, que costumava provocar e ofender Billy. Conta-se que após uma discussão entre os dois em um bar, Cahill atacou Billy, e o derrubou no chão; quando o garoto sacou seu revólver e acertou um tiro no abdômen do Cahill, antes que esse pudesse alcança-lo outra vez. Para escapar das autoridades, foge para o Novo México e dedica ali sua atenção aos furtos de cavalos e mimo às mulheres mexicanas, com quem adquire boa popularidade. No inverno de 1877, Billy se hospeda e começa a trabalhar com Frank e George Coe em seu rancho, tornando-se grande amigo dos dois. Por intermédio de Richard Brewer, Henry (Billy) começa a trabalhar para John Tunstall, próspero rancheiro e homem de negócios.
Segundo Frank Coe, Billy teria ficado admirado com Tunstall. "Quando foi contratado pelo inglês, Billy ganhou um cavalo, roupas e uma arma nova. Era a primeira vez que ganhara algum presente na sua vida".

Lampião

Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do estado de Pernambuco, foi o terceiro filho de José Ferreira dos Santos e Maria Sucena da Purificação. Sendo seus padrinhos: Manoel Freire Lopes e Maria José da Solidade. Neto paterno de: Antônio Ferreira de Barros e Maria Francisca da Chaga. Neto materno: Manoel Pedro Lopes e Jacosa Vieira do Nascimento. Testemunhas: Antônio Francisco de Souza e José Bernardino de Souza.
O seu nascimento só foi registrado no dia 12 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que sua capacidade de atirar seguidamente, iluminando a noite com seus tiros, fez com que recebesse o apelido de lampião.
Sua família travava uma disputa com outras famílias locais, geralmente por limites de terras, até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança, e junto de mais dois irmãos, passou a integrar o grupo do cangaceiro Sinhô Pereira.Durante os 20 anos seguintes (começou aos 21 anos), Lampião viajou com seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga. Para proteger o "capitão", como Lampião era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e de unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester. O bando chamava os integrantes das volantes de "Macacos" - uma alusão ao modo como os soldados fugiam quando avistavam o grupo de Lampião: "pulando".
Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Entretanto, também foi muito relatado que Lampião era como um Robin Hood do sertão brasileiro, que frequentemente roubava de fazendeiros, políticos e coronéis para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias.
Era devoto de Padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte.
Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestia-se como um cangaceiro e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a verdade dos fatos. O casal teria tido ainda dois natimortos.

Maria Bonita

Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita (Paulo Afonso, 8 de março de 1911  28 de julho de 1938) companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião e a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.
Maria Bonita nasceu e cresceu no povoado Malhada da Caiçara, que se localiza no município Paulo Afonso, na época município Gloria, na Bahia.
Depois de um casamento fracassado, no qual não gerou filhos, em 1929 tornou-se a namorada de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido também como o "Rei do Cangaço".
Morando na chácara dos pais, um ano depois do namoro foi chamada por Lampião para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, assim se tornando a mulher dele, com quem viveria por oito anos.
Supõem-se que Maria Bonita engravidou quatro vezes e que em duas gravidezes perdeu os filhos, sendo eles natimortos. Comprovadamente ela teve uma filha com Lampião de nome Expedita Ferreira Nunes, a única reconhecida legalmente, que foi criada por um casal de amigos vaqueiros. Existem porém dúvidas sobre o parentesco dos supostos gêmeos Arlindo e Ananias Gomes de Oliveira. Ambos até então considerados filhos de Maria Bonita e Lampião.
Maria Bonita morreu em 28 de julho de 1938, quando o bando acampado na Grota de Angicos, em Poço Redondo (Sergipe), foi atacado de surpresa pela polícia armada oficial (conhecida como "volante"). Foi degolada ainda viva, assim como Lampião, porém este já morto, e outros nove cangaceiros.
Em 2006 a Prefeitura de Paulo Afonso restaurou a casa de infância de Maria Bonita, instalando o Museu Casa de Maria Bonita no local.

Jesse James
Jesse Woodson James nasceu no Condado de Clay, Missouri, na atual Kearney. Seu pai, Robert S. James, foi um agricultor, comerciante de cânhamo e pastor da Igreja Batista no Kentucky. Se mudou para o Missouri após se casar, tendo lá prosperado, comprando seis escravos e 100 acres de terra. Viajou para a Califórnia durante a corrida do ouro para pregar entre os mineradores e morreu quando Jesse tinha três anos de idade.
A história de Jesse James não é nova para os fãs de faroeste. Entre 1865 e 1882, o bando liderado por ele e seu irmão Frank James aterrorizava o Oeste americano. O período era posterior à Guerra de Secessão (1861-1865), perdida pelo Sul escravocrata. Vindos de uma família dona de escravos, Frank, que lutou ao lado dos Confederados (estados do Sul), e Jesse se viram de repente num mundo de valores diferentes, mas com pouco controle por parte do governo. Nesse cenário, bandos armados de ex-combatentes sulistas começaram a ganhar fama com pequenas guerrilhas, que logo se transformaram em assaltos a bancos, diligências, trens e fazendas. Como o do ex-oficial sulista William Clarke Quantrill e o de Bloody Bill Anderson, dos quais os irmãos James fizeram parte antes de formar sua própria quadrilha.
Em 3 de abril de 1882, após comer o café da manhã, os Fords e Jesse James faziam os preparativos para outro roubo e cuidavam dos cavalos. Jesse estava sem o paletó e sem as armas e foi descrito que ele removia o pó de um quadro, subindo em uma cadeira. Robert Ford aproveitou a oportunidade e atirou em Jesse na cabeça. A lenda diz que Jesse James vinha tendo pensamentos suicidas e que no dia da sua morte deixou as armas que nunca tirava da cintura em cima da mesa, dando as costas aos Fords para tirar a poeira de um quadro, como quem sabe que vai ser traído, assim preferindo deixar que o matassem para não ter mais duas mortes na conta. Há relatos até de que Jesse viu pelo reflexo do quadro quando apontaram a arma em sua direção.

A Quadrilha Dalton
Quadrilha dos Dalton foi um grupo de foras-da-lei que agiu no Velho Oeste americano no período de 1890-1892. Eram especializados em roubar bancos e trens. Houve relatos de que cavalgaram juntos dos irmãos Younger, parceiros de Jesse James, mas agiam independentemente da Quadrilha dos James-Younger.
A família dos Dalton era do Condado Jackson, Missouri. Lewis Dalton manteve um saloon em Kansas City, Kansas e se casou com Adeline Younger, tia de Cole e Jim Younger. Em 1882, a familia morava no noroeste de Oklahoma, então chamado de Território Indígena e em 1886 eles se mudaram para Coffeyville, sudeste do Kansas. Treze dos quinze filhos do casal, sobreviveriam até a maioridade.
Os Daltons eram fazendeiros e suspeita-se que a ferrovia tenha "tomado" as terras da família, fato que teria dado início a senda de crimes dos Irmãos Dalton, combinado a outras tragédias, particularmente, a morte de Frank Dalton.

A quadrilha poderia continuar a roubar apenas trens mas Bob Dalton queria ficar mais famoso do que Jesse James. Em 5 de outubro de 1892, a Quadrilha dos Dalton tentaria fazer algo que nem mesmo James conseguira: roubar dois bancos em plena luz do dia. Os alvos eram o banco da C.M. Condon & Company e o First National Bank, ambos em Coffeyville, Kansas. Entraram na cidade usando barbas postiças mas mesmo assim foram identificados por um dos moradores.
Enquanto a quadrilha estava ocupada realizando os roubos, os moradores se armaram e se prepararam para uma verdadeira batalha. Quando os bandidos sairam dos bancos, o forte tiroteio foi deflagrado. Ao começarem os tiros, o xerife Charles Connelli correu para a rua e foi atingido e morto. Antes de cair ele matou um dos membros da quadrilha. No final, Grat Dalton, Bob Dalton, Dick Broadwell e Bill Power estavam também mortos.Emmett Dalton recebeu vinte e três tiros mas sobreviveu. Ele foi aprisionado na penitenciária de Lansing, Kansas, onde ficou por quatorze anos até ser perdoado. Ele foi para a Califórnia e se tornou um agente imobiliário, escritor e ator. Morreu em 1937 aos 66 anos de idade. Bill Doolin, "Bitter Creek" Newcomb e Charlie Pierce foram os únicos sobreviventes da quadrilha, pois não participaram do assalto em Coffeyville. Especulou-se depois que haveria um sexto homem cuidando dos cavalos dos bandidos e que teria conseguido escapar. Diziam que era Bill Doolin. Mas isso nunca foi confirmado.
Emmett Dalton disse anos depois do assalto e após sair da prisão, que o delegado Heck Thomas fora o fator chave em sua decisão de cometer os roubos. Segundo Emmett, Thomas perseguia a gangue obstinadamente, fazendo-os se moverem constantemente. Com o dinheiro que esperavam conseguir nos dois bancos, os quadrilheiros planejavam deixar o território por algum tempo.
O Bandido da Luz Vermelha
João Acácio Pereira da Costa, o "Bandido da Luz Vermelha" nascido em Joinville, SC em 24 de junho de 1942, era pobre e, aos 8 anos de idade, perdeu o pai, tuberculoso. Sua mãe desapareceu pouco depois com dois filhos. Eram quatro irmãos. Ele e o mais velho foram deixados com o tio. Estudou até o 3º ano primário. Aos 17 anos, semi-analfabeto, já era conhecido nos meios policiais da cidade por ter furtado mais de trinta bicicletas. Foi preso aos 18 anos, por roubar um jipe. Fugiu da cadeia em 1963 e se instalou em São Paulo. Chegou em São Paulo ainda na adolescência, fugindo dos furtos que praticara em Santa Catarina. 
Foi morar em Santos, onde se dizia filho de fazendeiros e bom moço. Na verdade, levava uma vida pacata no lugar que escolheu pra morar, praticando seus crimes em São Paulo e voltando incólume para Santos.Sem documentos, não poderia trabalhar mesmo que tivesse vontade e continuou vivendo entre marginais. Sua especialidade era assaltar mansões. Numa época em que alarmes eram raridade, usava macaco de automóvel para arrombar as grades, desligava a chave geral de energia elétrica e escalava com a lanterna na mão. Durante quinze meses entre 1966 e 1967, praticou 141 crimes, todos confessados. Destes, 120 são atribuídos pela polícia ao Homem-Macaco, seu primeiro apelido. O Bandido da Luz Vermelha nasceu no final de sua curta carreira. Numa noite, entrou em uma casa em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, onde a dona e a empregada dormiam. Acácio as acordou e pediu que abrissem o cofre. Até então, assaltava sem interromper o sono das vítimas. Pegou dinheiro, jóias e, na saída, beijou a mão das mulheres. No dia seguinte, deliciou-se com as manchetes. "Assalto à americana", dizia uma delas. Na reportagem, era chamado de Bandido da Luz Vermelha, a tradução para o português do pseudônimo de Caryl Chessman, condenado na Califórnia em 1948 à câmara de gás, por crime sexual e seqüestro, e executado em 1960. O original se destacava pela inteligência fez sua própria defesa no tribunal e se tornou conhecido como o símbolo contra a pena de morte, abolida na Califórnia doze anos depois de sua execução. Acácio aprovou a comparação e comprou uma lâmpada vermelha para sua lanterna. "Eles gostaram, me deram a idéia e eu repeti. Fiz outros assaltos assim. Os jornais mesmo é que me deram a idéia de ser o Luz Vermelha", disse em 1968, em uma entrevista para o jornal Última Hora. Luz Vermelha era apresentado como mulherengo, galanteador, de personalidade violenta, que roubava para praticar orgias em Santos. A realidade era diferente. O homem a quem vendia o que roubava, Walter Alves de Oliveira, o "Caboré", era seu parceiro amoroso. Acácio foi abandonado pelo cúmplice. Um promotor que acompanhava a rotina dos presos na cadeia relata que Luz Vermelha ignorou as centenas de cartas de mulheres com proposta de namoro. Casou-se com o cozinheiro Bernardino Marques, que cumpria pena por ter matado a sogra. Quando o cozinheiro deixou a prisão, Acácio não teve outros relacionamentos, mergulhando num ciclo de surtos psicóticos, e chegou a ser internado no manicômio judiciário. Acácio gostava do que lia nos noticiários e alimentou o mito. Em junho de 1967, matou um empresário em São Paulo apenas para desmentir uma versão da polícia, que havia prendido um homem e o apresentara como o Bandido da Luz Vermelha. Em depoimento à Segunda Vara do Júri, contou que estava em Santos quando soube da falsa notícia pela televisão, viajou para a capital e foi até a casa de um industrial, John Szaraspatak, e o matou na frente do filho. À medida que a cobertura dos jornais se intensificava, ele tornava-se mais violento. No auge da fama, ele assaltou um sobrado no Ipiranga. A vítima, que sobreviveu por milagre, entrou em pânico quando soube que o bandido deixaria a prisão. Quando preso, Luz Vermelha chegou a dizer que mataria essa pessoa um dia. Hoje ela tem 52 anos e três filhos. Sua irmã conta que Luz Vermelha matou o guarda-noturno e entrou na casa, onde a vítima se encontrava com a empregada. Subiu ao seu quarto e a acordou com a lanterna. Queria dinheiro. Levou a garota para baixo e deu-lhe dois socos. Mesmo zonza, ela conseguiu pegar um cinzeiro e atirar no algoz, que teve o nariz quebrado. Luz Vermelha deu-lhe três tiros. Na época, Acácio contou que havia tentado estuprar a moça. A versão dela é outra. O bandido a agrediu porque, tentando puxar conversa, ela o aconselhou a mudar de vida. Chamava a atenção de juízes e promotores um traço da personalidade de Luz Vermelha. Ele confessava os crimes como se estivesse contando vantagens. Apesar de condenado por quatro homicídios, disse ao juiz que havia matado "uns quinze". Dos 88 processos pelos quais foi condenado, nenhum esteve ligado a crime sexual, apesar da fama. Chegou a posar nu para um jornal de Santa Catarina, que acabou desistindo de publicar as fotos. O advogado de Luz Vermelha, José Luiz Pereira, tentou vender à imprensa a possibilidade de realizar um ensaio fotográfico do ex-presidiário sem roupa. Quando deixou a prisão, Luz Vermelha foi para uma casa de dois quartos tendo que dormir no sofá da sala. Pedia dinheiro ao primeiro que via e era uma celebridade entre as crianças da vizinhança, para as quais deu como suvenires até pregos nos quais pendurava suas roupas na prisão. Depois de analisar o laudo psiquiátrico de Acácio feito quando ele foi preso e o outro, escrito pouco antes de sair, o psiquiatra Claudio Cohen, professor de medicina legal da USP, arriscou um diagnóstico do criminoso. Acácio seria um limítrofe, patologia catalogada no Código Internacional de Doenças. Não tem a personalidade formada e, por isso, age de acordo com a expectativa das pessoas. Era instável emocionalmente e de sexualidade confusa. Aparentava ser esquizofrênico, mas demonstrava inteligência ao criar métodos de assalto. Dentro desse quadro, agia como um homem bom enquanto dele se esperava ser bom. Era difícil arriscar um palpite sobre como Acácio seria depois de sair de trinta anos de prisão. Sendo assim, Nelson Pinzegher matou "Luz Vermelha" em legítima defesa . Foi um pescador que matou o "Luz Vermelha" com um tiro de espingarda que o atingiu próximo ao olho esquerdo. O fato ocorreu na noite de 5 de janeiro de 1998 em Joinville, Santa Catarina. O pescador atirou no ex-presidiário para defender um irmão, Lírio, que "Luz Vermelha" tentava matar com uma faca. Anteriormente, Nelson e "Luz Vermelha" já tinham se desentendido porque o ex-detento assediava sexualmente a mãe, mulher e filhas do pescador. Nelson Pinzegher fugiu ao flagrante. Apresentou-se dias depois e respondeu ao processo em liberdade. Foi absolvido pelo Tribunal do Júri de Joinville, apesar de ter sido denunciado por crime qualificado. A própria promotoria pediu a absolvição por legítima defesa de terceiro, que era exatamente a tese da defesa.



Fonte:
Memórias Assombradas
http://fenix1374.blogspot.com.br/2013/03/joao-acacio-pereira-da-costa-o-bandido.html#.V5Df2xkk3s0



Comentários