Erros Médicos em Seriados de TV

Na TV, os enfermeiros são mandados e desmandados, como se não tivessem nenhum conhecimento ou autonomia. “Na vida real, o enfermeiro-padrão pode estar no mesmo patamar do médico.
No episódio 12 da primeira temporada de Scrubs, J. D. acompanha uma garota à máquina de ressonância magnética. Ele está usando diversos equipamentos metálicos, como estetoscópio e relógio. Isso é fatal, pois a máquina cria um  campo magnético e os objetos desse tipo poderiam ser sugados para dentro do equipamento e ferir ou até matar os pacientes!
A doutora Lisa Sanders, uma das consultoras de House, é a primeira a admitir: “Sou uma médica de boa formação, mas, se tocasse na tomografia computadorizada do hospital, seria demitida”. Esses equipamentos são caríssimos e, por isso, exigem um profissional especializado. Mas, nas séries, todo mundo mexe em tudo, notaram?
Uma pesquisa de 2010  analisou os 327 episódios de HousePrivate PracticeER e Grey’s Anatomy mostrou que 71% dos casos de convulsão foram tratados da forma errada. Teve gente segurando o paciente, colocando algo na boca, que é um erro. O certo é dar espaço à pessoa, virar sua cabeça para o lado para que ela não se engasgue e nunca tentar contê-la.
Quem vassiste esses seriados médicos, pensa que a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) é uma técnica milagrosa. Segundo um estudo de 2006, ela salva pacientes cardíacos em 77% dos casos na telinha. Na vida real, a maioria das vítimas de ataque cardiovascular morre antes de chegar ao hospital, o índice de salvação via RCP é de só 30% e, desses, 90% ficam com sequelas devido à falta de oxigenação no cérebro. E mais: a RCP real é feita com os braços rígidos – na TV, os cotovelos são flexionados para não machucar os atores-pacientes.

Outro recurso dramático clássico: a linha do monitor cardíaco ficando perfeitamente reta, indicando que o paciente bateu as botas. Isso é invenção de seriado! A assistolia (ausência de ritmo cardíaco) gera uma linha quase reta, com algumas imperfeições. E tem mais: para esse problema específico, descarga elétrica com desfibrilador não adianta – é preciso usar RCP.

Fonte:
Mundo Estranho

Comentários