Mockus, o Super-Herói Colombiano combate o crime em Maceió


Antanas Mockus, o extraordinário matemático / filósofo / educador e ex-prefeito de Bogotá, está de volta no centro das atenções como um candidato nas eleições presidenciais da Colômbia, a ter lugar hoje. Então, parecia que seria um bom momento para finalmente colocar um post sobre o livro que projetado para um show do grupo chamado Admirável Novo Mundo, que teve lugar no Walker em 2007. Mockus foi uma espécie de santo padroeiro para esta exposição, comissariada por Yasmil Raymond e Doryun Chong, que considerou "o presente estado de consciência política, expressa através das questões de como viver, experiência e sonho." o show contou com 24 artistas de todo o mundo que explorou a estas perguntas com uma mistura de esperamos e criticidade. O catálogo da exposição também contou com curadores internacionais e críticos de arte da escrita como "correspondentes" de seus vários locais, combinando uma perspectiva da arte-centric com uma abordagem jornalística sobre temas tão amplos como a economia, a perda da Noruega e melancolia no Chile, e sanitários europeus.
Mas voltando ao Mockus, ele é uma figura fascinante, especialmente para pessoas que estão interessados ​​em estratégias alternativas de comunicação, ações simbólicas, e do projeto social. Para o nosso catálogo, José Roca contribuiu com um ensaio sobre as implicações artísticas de Mockus 'mix particular de educação, governo, e desempenho. Como o prefeito de Bogotá, Mockus transformou a cidade em um grande experimento social, utilizando intervenções simbólicas e muitas vezes bem-humorado na vida diária da cidade para afetar a mudança social. Antes de se tornar prefeito, ele já tinha ganhou notoriedade como o decano chefe da Universidade Nacional da Colômbia para mooning um auditório lotado quando não viria a ordem. (Em seguida, ele renunciou.) Mockus considerou este ato de provocação simplesmente outra de "os recursos que um artista pode usar." Ele usou sua nova celebridade encontrado e um chamariz campanha simplista para rapidamente ser eleito como prefeito de Bogotá. O truque: distribuindo topos livres brinquedo chamado pirinolas comumente usados ​​em um jogo de azar, em que as palavras "todo mundo dá" e "todo mundo toma" foram gravadas. Isso formou a base para a sua "cultura de cidadania" programa-se cada um fizer a sua parte como cidadão, todo mundo vai colher os frutos de cidadania.

Maceió/AL vinha sofrendo com o alarmante aumento do índice de criminalidade a patamares jamais registrados em sua história mais recente.
Assassinatos, sequestros e outros crimes com diversos níveis de gravidade tomando conta da cidade, antes considerada uma das capitais mais tranquilas do Brasil.
Para deter esse avanço, nada mais indicado do que a aplicação de medidas extremas e pouco ortodoxas.
E foi exatamente isso que o então governador Teotônio Vilela Filho fez, em 2008, ao convocar o colombiano Antanas Mockus, um “super-herói” cuja missão era livrar Maceió do jugo da violência urbana e combater o crime em Alagoas.
Em 2003, Mockus encerrou seu segundo e último mandato de prefeito de Bogotá. Nesse período, com a implementação de inovadoras ações preventivas e corretivas, ele foi responsável pela redução da violência na capital da Colômbia, que nos anos 1990 transformou a cidade em um campo de batalha no qual os vencedores costumavam ser os criminosos.
Os métodos de Mockus viraram exemplos internacionais. O trinômio paz, segurança e desenvolvimento baseava sua linha de ação, cujo alicerce era a mobilização da sociedade numa espécie de autorregulamentação.
Assim, por meio de mudança de hábitos, referência dos valores morais e conscientização da cidadania com o apoio de ferramentas como arte, esporte, cultura e lazer, as taxas de homicídios e de outros crimes foram reduzidas em Bogotá a até menos da metade do que se registrava antes da chegada de Mockus à prefeitura.
Dentre as diversas ações implantadas estavam o treinamento de milhares de líderes comunitários em mediação de conflitos; utilização de mímicos para mostrar aos motoristas, in loco, as infrações que eles houvessem praticado no trânsito; lei seca; e a distribuição de “cartões cidadãos”, na cor vermelha, com os quais a população se expressaria quando presenciasse algum ato nocivo à sociedade, como faria um árbitro de futebol em uma jogada violenta.

Mas não foram apenas esses resultados excepcionais que fizeram o ex-prefeito ser comparado a um super-herói. Mockus criou para si um personagem do qual se fantasiava em muitas de suas aparições performáticas em público.
Sem medo de se passar por ridículo, o homem no uniforme colorido angariou simpatia, respeito e, principalmente, credibilidade para implantar suas vitoriosas estratégias onde quer que necessitem de um “super-herói”, por mais clichê de história em quadrinhos que isso possa parecer. Em 2009, ele voltou a Maceió para uma nova rodada do projeto de implementação das medidas contra a violência em Maceió. Infelizmente, por motivos que envolveram política partidária e outros elementos afins, as ideias de Mockus não vingaram – sequer chegaram a ser postas em prática – e a capital alagoana continua sendo uma das mais violentas do mundo, chegando ao ponto de, em 2015, ter sido considerada a mais perigosa do Brasil, de acordo com relatório da City Mayors, fundação britânica dedicada a estudos sobre temas urbanos .


Fonte:
Universo HQ

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