Pulgasari

A mídia norte-coreana noticiou no último domingo (18/12) que Kim Jong-il, líder do país, havia falecido. Prontamente, chegaram à rede diversos obituários falando sobre a vida e as atrocidades cometidas por ele. No entanto, um lado pouco conhecido e não menos bizarro da vida de Jong-il ficou de fora de muitos deles. Mesmo censurando a maior parte das produções que chegavam ao seu país, ele era um grande entusiasta do cinema norte-americano, possuindo mihares de títulos em sua coleção particular. Como se não fosse o suficiente,  foi responsável pela parábola anti-capitalista travestida de filme de monstro chamada Pulgasari.
Estima-se que o ditador possuía cerca de 300 mil cópias de filmes norte-americanos e tinha em RamboSexta-Feira 13 e Godzilla alguns de seus preferidos. Grande apreciador do cinema, resolveu estimular a produção de seu próprio país. Mas, em vez de buscar cineastas locais, tomou uma decisão extravagante condizente com sua forma excêntrica de governo.

Para conseguir fazer filmes que enaltecessem o povo e a qualidade de vida daqueles que viviam sob seu regime, Kim Jong-il sequestrou a mulher do diretor sul-coreano Shin Sang-ok na década de 50, o forçando a cruzar a fronteira para recuperar sua esposa. Assim, Sang-ok também foi preso e forçado a dirigir seis filmes para Jong-il, entre eles Pulgasari, equivalente norte-coreano a Godzilla.

Fonte:
Cinema Click

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