Gália

Nome que os romanos deram às regiões habitadas pelos gauleses. Chamava-se Gália Cisalpina o território situado entre o SO dos Alpes, Adriático e Apeninos, e a Gália Transalpina, que era a Gália propriamente dita,  ao país compreendido entre os Alpes, o Reno, o Mediterrâneo, os Pirinéus e o oceano Atlântico, ou seja, aproximadamente, França, Suíça, Holanda, Bélgica e parte da Alemanha tal como se conhecem hoje em dia.
Os seus primeiros habitantes foram os ligures, aos quais foram subjugados os iberos e mais tarde os celtas, que constituíram o verdadeiro tronco étnico dos gauleses.
Estes chegaram a alcançar um grande domínio, prova disso foram as expedições até a Ásia Menor, onde, no século iii A.C., fundaram o reino da Galácia.
Durante os séculos resistiram aos ataques dos romanos, até que estes, em 163 A.C., conquistaram a Gália Cisalpina, e posteriormente, com a campanha de Júlio César (de 58 a 51 A.C.), submeteram a Gália Transalpina, que foi dividida pelo imperador Augusto em quatro províncias: Narbonense, Aquitânia, Lugdunense e Bélgica.


Durante o domínio romano, as obras públicas, o comércio e a agricultura receberam grande impulsos.
Com a decadência deste Império, as Gálias foram invadidas pelos bárbaros, principalmente os visigodos (princípios do século v), aos quais seguiram (447) as tribos germânicas agrupadas com o nome de Francos, que acabaram definitivamente com o domínio romano e com os visigodos, fundando o seu rei Clodoveo I l a Gália franca (497), orihem do reino de França.
Nome que os romanos deram às regiões habitadas pelos gauleses.
Chamava-se Gália Cisalpina o território situado entre o SO. dos Alpes, Adriático e Apeninos, e a Gália Transalpina, que era a Gália propriamente dita,  ao país compreendido entre os Alpes, o Reno, o Mediterrâneo, os Pirinéus e o oceano Atlântico, ou seja, aproximadamente, França, Suíça, Holanda, Bélgica e parte da Alemanha tal como se conhecem hoje em dia.
Os seus primeiros habitantes foram os ligures, aos quais foram subjugados os iberos e mais tarde os celtas, que constituíram o verdadeiro tronco étnico dos gauleses. Estes chegaram a alcançar um grande domínio, prova disso foram as expedições até a Ásia Menor, onde, no século iii A.C., fundaram o reino da Galácia.
Durante os séculos resistiram aos ataques dos romanos, até que estes, em 163 A.C., conquistaram a Gália Cisalpina, e posteriormente, com a campanha de Júlio César (de 58 a 51 A.C.), submeteram a Gália Transalpina, que foi dividida pelo imperador Augusto em quatro províncias: Narbonense, Aquitânia, Lugdunense e Bélgica. Durante o domínio romano, as obras públicas, o comércio e a agricultura receberam grande impulsos.
Com a decadência deste Império, as Gálias foram invadidas pelos bárbaros, principalmente os visigodos (princípios do século v), aos quais seguiram (447) as tribos germânicas agrupadas com o nome de Francos, que acabaram definitivamente com o domínio romano e com os visigodos, fundando o seu rei Clodoveo I l a Gália franca (497), orihem do reino de França.
A Gália na época de César


Vercingetórix rende-se a César em Alésia (52 a.C.)
Há dois mil e cinqüenta anos atrás, Júlio César, um dos mais célebres estadistas romanos, publicou um relato da sua campanha contra as tribos celtas que então viviam espalhadas pela Suíça, França, Bélgica e Inglaterra, denominando-o Commentarii de bello gallico, Comentários sobre a Guerra Gálica, consagrando-o como um excelente historiador. Seu livro tornou-se leitura obrigatória para os estudantes de latim. Que extensão tinha a região conquistada pelos romanos e quem eram as tribos e qual a cultura dos que lá habitavam e como fez César para dominá-la, é o que o se segue.

César abre a primeira página do seu livro com uma das suas mais conhecidas frases: Gallia est divisa in partes tres, "a Gália está toda dividida em três partes". E, de fato, assim era. Bem ao norte, a Terra dos Celtas era habitada pelos belgas, no centro pelos gauleses propriamente dito, e, ao sul dela, pelos aquitânios. Politicamente, a parte meridional encontrava-se nas mão dos romanos desde 222-121 a.C., que a denominavam de Gália Narbonense, tendo como principal centro era o porto de Marselha. A posse dessa região costeira do Mediterrâneo, permitia-lhes trafegar seguros pela Via Domitia, a estrada que ligava a fronteira da Itália ao Leste, com a da Ibéria, ao Oeste. Geograficamente, ela se estendia de Milão, no Vale do Rio Pó, até o sopé das montanhas dos Pirineus. Foi para lá que enviaram Caio Júlio César, de distinguida e aristocrática família latina, como procônsul da Gália Narbonense, no ano de 59 a.C.


Gallia est divisa in partes três
O povo que lá vivia, no que os romanos denominavam de Gália Comata, eram os celtas, separados entre si pelas mais diversas razões. Dividiam-se eles,de um modo geral, em galos Heudos, Arvernos, Belgas, e nos que compunham as tribos marítimas que habitavam nas margens do Atlântico (onde hoje se situam a Bretanha e a Normandia, departamentos da França). Esses gauleses, rústicos e durões, que até então estavam fora da órbita romana, eram chamado de galos cabeludos (Gallo comata), para separá-los dos chamados galos togados (já totalmente romanizados).

Caçadores e guerreiros, envolvidos em intermináveis desavenças tribais, os galos cabeludos desprezavam a atividade agrícola, apesar da grande fertilidade do solo da França. Dedicavam-se à criação de cavalos e de gado doméstico, havendo porém ente eles grandes artistas no trabalho com bronze, estanho, e objetos de prata. O pouco comércio que conheciam era em geral praticado por comerciantes romanos que trafegavam pelos seus rios e aldeias, trazendo-lhes produtos de fora.

Reis, chefes e druidas

A organização política dos gauleses, ou a ausência dela, foi sua perdição. A Terra dos Celtas era uma barafunda de tribos que ora eram governadas por um pequeno número de nobres guerreiros, outra por reis ou chefes clânicos, e até por um curioso tipo de magistrado, o Vergobret, escolhido, tal como o cônsul romano, por um período de um ano. Para o leitor de César fica evidente que a diversidade política dos galos cabeludos, e o desacerto que dai decorre, facilitou sua capitulação final frente aos romanos. Contra os galos cabeludos, César pôde exercer a plenitude da máxima Divide ut regnes, divide e domina, tática que os lideres romanos sempre souberam tão bem aplicar contra os outros povos.

As deidades celtas


Cernunnos, o deus-alce, símbolo da fertilidade
Se eles desacertavam-se, envolvidos em intermináveis rixas tribais, havia porém um sentimento unívoco deles pertencerem a um universo religiosos só. Belenus, o deus da luz, Belisama, a deusa da luz e do fogo, Cernunnos, o deus da fertilidade, Epona a protetora dos cavalos, e Smertrios, o deus da guerra (o Marte dos gauleses), eram deidades sagradas em todo o mundo celta. Como também existiam entre eles a confraria dos Druídas, os sacerdotes-xamãs que formavam a influente elite religiosa. Anualmente, vindos das mais distantes regiões da Terra dos Celtas, eles se reuniam num grande concílio em Chartres (onde, bem mais tarde, no século XII, a Igreja Católica, para celebrar sua vitória sobre o paganismo, fez erguer uma das maiores catedrais da Europa), para trocarem receitas de poções e saberem das novidades.

História de Portugal

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