O que foi o Projeto Manhattan?

O Projeto Manhattan foi o programa dos EUA que criou as bombas nucleares. Ele surgiu durante a 2ª Guerra Mundial, por causa do perigo que os nazistas representavam aos Aliados com o avançado conhecimento que físicos alemães tinham sobre energia atômica.
Este instrumento bélico trazia em si uma carga letal -equivalente a 15 mil toneladas de TNT -, o que lhe permitiu arrasar o alvo, Hiroshima, localizada no Japão, naquele momento um dos principais adversários dos norte-americanos e de seus aliados. O Little Boy, como foi ironicamente chamada por seus criadores, aniquilou toda a arquitetura existente em uma distância aproximada de 1,5 Km do núcleo central da explosão, mergulhando toda a cidade em chamas sem fim. Pelo menos 70 mil pessoas morreram, sem falar nos incontáveis habitantes atingidos pelas consequências da radiação no final de 1945, número que continuou a crescer por mais cinco anos.
Em dois anos, o Projeto Manhattan rivalizaria em importância com a indústria automobilística em tamanho e pessoal empregado. Para se fazer uma ideia da dimensão, suas fábricas consumiam a décima parte da energia dos EUA. A fim de manter o projeto em segredo foram construídos fábricas e laboratórios em 14 diferentes pontos da geografia americana e canadense. Uma das sedes escolhidas foi Los Álamos, no norte estado do Novo México, para estar longe de possíveis ataques navais e só acessível por estrada. Em 1944, moravam seis mil pessoas em Los Álamos entre físicos, metalúrgicos, químicos.
Em um dia como este, no ano de 1945, às 5h29min45seg, o Projeto Manhattan chegou a um final literalmente explosivo quando a primeira bomba atômica foi testada com sucesso em Alamogordo, no Novo México. O brigadeiro-general Leslie R. Groves, que também era engenheiro, estava no comando de um projeto, junto às maiores mentes da ciência, para descobrir como aproveitar o poder do átomo como um meio de levar a guerra a um fim decisivo. O Projeto Manhattan (assim chamado por conta do local de seu início) passaria ainda por outros locais durante o período inicial de exploração teórica, entre eles, a Universidade de Chicago, onde trabalhava o físico italiano Enrico Fermi. O projeto tomou forma final no deserto do Novo México, onde, em 1943, Robert J. Oppenheimer começou a dirigir Projeto Y em um laboratório em Los Alamos, ao lado de Hans Bethe, Edward Teller e Fermi.
Outra sede do Projeto estava em Oak Ridge, em Tennessee, que se tornou, em dois anos, a 5º cidade do estado. Chegariam a viver ali 55 mil pessoas entre cientistas, secretárias, soldados e trabalhadores em geral. Em Chicago, o Laboratório de Metalurgia da Universidade de Chicago reuniu 2.003 cientistas que se dedicavam exclusivamente para o Projeto Manhattan. Os trabalhadores envolvidos se comprometiam em não revelar nada do que estava acontecendo ali. Igualmente, tinham suas cartas censuradas, telefones grampeados e estavam proibidos de receber visitas externas.

No restrito presente contexto, nada se pode fazer, a não ser assinalar agosto de 1945 como um ponto de inflexão: de repente, o mundo inteiro tornou-se consciente de que a tecnologia, independentemente de ser utilizada para o bem ou para o mal, podia alterar, de forma dramática, o curso da história.

Fonte:
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