Mistura de Negro com Japonês

A Miss Universo Ariana Myiamoto
Depois que os japoneses chegaram ao Brasil, houve muita mistura, e também é possível ver mistura de japoneses com negros, muitos até falam na gíria japonegro ou japonegra, inclusive tem a Miss Universo Ariana Myiamoto que é mistura de negro com japonês. Existem também afrodescendentes que vivem e moram no Japão, e também chegaram a nascer lá, nos tokusatsus, animes e mangás até mostram embora seja poucos.
Também as músicas de lá tem influência ao Rap, Hip Hop, Funk.
Também não é comum que asiáticos com descendência de caucasianas ou negros vivam na Coréia do Sul, Japão, China etc porque a maioria dos miscigenados vive em outros países. Muitos dos mestiços, tantos os descendentes de caucasianas quanto os Afro-descendentes, são filhos de soldados americanos que vivem ou viveram em bases do exército dos Estados Unidos na Ásia, e a maioria desses mestiços são filhos "não legítimos", ou seja, filhos de pessoas que não eram casadas, tanto que a maioria nem sequer recebeu o sobrenome dos pais. A maior parte desses filhos de soldados eram resultados de estupro, ou filhos de prostitutas, também eram relacionados a mulheres de baixa renda que se envolviam com os soldados americanos na esperança deles as levarem para os EUA ou conseguir cidadania americana, o que na maioria das vezes não acontecia, esse é o principal motivo do preconceito contra os mestiços na Ásia, em particular os afro-descendentes. Juntamente com toda a carga social citada, ignorância e medo do desconhecido, as pessoas asiáticas tendem a criar esteriótipos sobre os mestiços disseminando o preconceito e falta de ética.
Essa etnia se chama de Hafu quando se mistura com outras etnias  e tem várias pessoas que são descendentes de japoneses com negro  confira:





Celebridades do Japão

Ariana Miyamoto (Miss Japão 2015)


Biografia:
Ariana Mamiko Miyamoto nasceu de uma mãe japonesa e pai afro-americano, Bryant Stanfield, que trabalhava em uma base da marinha Americana em Sasebo, Japão. Ela frequentou a escola primária no Japão e aos 13 anos, emigrou para os Estados Unidos para viver com seu pai em Jacksonville, Arkansas, onde ela frequentou a Jacksonville High School por dois anos. Ao retornar ao seu país natal, ela não foi concluída imediatamente ensino médio, mas fez vários bicos, incluindo a de bartender.

Vida pessoal e Carreira como Miss Japão:
Ariana no Japão por ser a primeira "hafu" (do inglês half, "metade"), ou seja mestiça, a conquistar o título de Miss Japão e representar o país na competição mundial, o Miss Universo. Ela decidiu concorrer ao concurso Miss Nagasaki (a província japonesa de onde é originária) por causa do suicídio de um amigo de infância que também era "hafu" e tinha  "problemas de identidade", ela explicou em uma entrevista à Agência Efe. "Ele tinha 20 anos, um ano a mais que eu, e sofria com problemas de identidade. Quando ele morreu, decidi que tinha que fazer algo a respeito", afirmou Ariana em uma entrevista. Ela participou do concurso com a intenção de ser um símbolo contra a discriminação dos japoneses mestiços, uma minoria em um dos países com maior homogeneidade. 

Ela relatou que a pior etapa de sua vida foi na escola primária, onde alguns companheiros de classe se negavam a tocá-la ou a dar as mãos porque diziam que ela ia "manchá-los", ou saíam da piscina quando ela mergulhava. "Agora aprendi a tirar proveito do fato de ser diferente. Ser 'hafu' foi uma vantagem para ganhar o Miss Japão", admitiu Ariana. Mesmo assim, a "hafu" teve que suportar comentários racistas em meios de comunicação e redes sociais por não ser "junsui" ("pura" em japonês) e não se ajustar ao ideal de beleza japonesa: pele pálida, cabelo liso e traços delicados. "Eu já esperava por isso e, embora siga dando raiva, já estou acostumada", ela disse com naturalidade, que acredita que teria recebido menos críticas se fosse metade asiática e metade branca, em vez de ter ascendência negra. "Nasci e fui criada no Japão e tenho passaporte e nacionalidade japoneses. Eu gostaria de perguntar a essas pessoas que me criticaram de onde acham que sou", declarou com um semblante mais sério.

Ariana acredita que é necessário "uma mudança de mentalidade" para pôr fim à discriminação dos "hafu" e decidiu expressar esta mensagem amplificada com o poder de influência e da fama que lhe outorgaram o título de Miss Japão."Meu objetivo é trabalhar contra o problema da discriminação no Japão e, se tiver a chance, no resto do mundo", disse Ariana que também confessou que gostaria de ganhar o título de Miss Universo "para ter ainda mais impacto".


Jero (ジェロ)


Biografia e Carreira:
Jerome Charles White Jr (nascido em 04 de setembro de 1981 em Pittsburgh, Pensilvânia), mais conhecido pelo seu nome artístico Jero (ジェロ), É um cantor americano de Enka (música tradicional japonesa, de ascendência Afro-americana e japonesa. Ele é o primeiro negro a cantora Enka na história da música japonesa. Jero começou a seguir seu sonho de se tornar um artista Enka por influência de sua avó japonesa, Takiko, que conhecera seu avô, um militar Afro-Americano, em um baile durante a Segunda Guerra Mundial, eles se casaram, tiveram uma filha, Harumi - agora balconista de uma loja de departamento - e acabou se mudando para a cidade natal de seu avô, Pittsburgh. Seus pais se divorciaram quando ele era jovem e ele foi criado em meio a um forte senso de cultura japonesa. Seu primeiro single, Umiyuki (海 雪, Literalmente, Oceano de  Neve), foi lançado no Japão em 20 de fevereiro de 2008, que ficou em 4° na Oricon**. UmiYuki, tem referências sobre o Mar do Japão, mas Jero admitiu que o único oceano que ele realmente tinha visto, era na Califórnia.

Vida Pessoal:
Sua avó, originalmente de Yokohama, no Japão, introduzido pela primeira vez Jero para Enka e foi sob a sua orientação de que ele começou a amar o gênero como uma criança. Jero, que se formou em tecnologia da informação na Universidade de Pittsburgh, inicialmente não se imaginava em uma carreira como um cantor de Enka. Depois disso, ele se mudou pro japão, suas principais formas de emprego foram como professor de Inglês na NOVA** e como engenheiro de computação.
Ele só começou a trabalhar ativamente no sentido tornar-se um cantor de Enka, porque ele tinha prometido a sua avó que um dia ele se apresentaria no show anual Kohaku Uta Gassen. Como resultado, ele participou ativamente vários concursos de canto, enquanto ele continuava para trabalhar como engenheiro de computação e, eventualmente, conseguiu o sucesso real após apenas dois meses desde que ele chegou ao Japão. Infelizmente,sua avó nunca chegou a ver o neto cantando Enka profissionalmente, ela morreu em 2005, três anos antes do Jero se tornar famoso.

**NOVA é uma escolha de inglês no japão**
**Oricon é o nome da parada oficial de álbuns, singles e vídeos musicais mais vendidos do Japão.**


Crystal Kay (クリスタル・ケイ)



Biografia e carreira:
Crystal Kay Williams (nascida em 26 fevereiro de 1986), conhecida pelo seu nome artístico Crystal Kay, estreou com cantora no Japão com 13 anos, em 1999 com o single "Eternal Memories". Ela nasceu em Yokohama, na província de  Kanagawa, Japão. O pai dela é afro-americano e a mãe dela é Zainichi da terceira geração (ela nasceu no Japão e tem descendência coreana) e era cantora profissional. Crescer tendo pais músicos influenciou Crystal a lançar uma carreira própria na música, que ela começou com sua estréia aos 13 anos. Antes disso, ela fez um trabalho de narração para um comercial de TV aos seis anos de idade.

Além de ter trabalhado com grandes nomes do J-Pop como SPEED e Namie Amuro, ela também fez musicas com a cantora coreana BoA e as duas são muito amigas!


Thelma Aoyama (青山 テルマ)



Biografia e Carreira:
Thelma Aoyama (青山 テルマ, Aoyama Teruma), nasceu em Nara, no japão. Ela passou seis anos em Osaka International School como um estudante da escola primária. Aos 12 anos, sua família mudou-se para Torrance, na Califórnia, onde viveu por dois anos e fez o ensino médio Calle Mayor. Ela voltou para o Japão, no inverno de 2002, fixando-se em Tóquio. Aoyama frequentou a Escola Americana no Japão. A partir de 2010, ela estou na Universidade Sophia. 

Em setembro de 2008, o Guinness World Records certificou a música "Soba ni Iru ne", como o single mais baixado no japão, com mais de dois milhões de downloads. No entanto, o registro de Guinness World Records foi substituído pela música "Kiseki" do GReeeeN, em Junho de 2009. Incluindo várias formas de downloads digitais, vendeu mais de 8.700.000 downloads em novembro de 2008. 

Em 2010, Thelma fez dueto com o Taeyang do Big Bang na musica Fall In Love, e mais tarde em 2011, ela fez outro single com um grupo coreano, desse vez, com o grupo 4Minute na musica Without U.

Nesmith (ネスミス)


Biografia e carreira:
Nesmith Ryuta Karim (ネスミス・竜太・カリム) mais conhecido apenas como Nesmith (ネスミス), nascido em 1 de agosto de 1983, na Prefeitura de Kumamoto, no Japão . É membro do grupo EXILE e do THE SECOND from EXILE. Ele debutou originalmente em 2001, na dupla STEEL, porém eles se separaram no ano seguinte. Quatro anos depois, ele participou do "EXILE VOCAL BATTLE AUDITION 2006 ~ASIAN DREAM~" e se tornou um dos finalistas que permitiu que ele entrasse para o grupo Nidaime J Soul Brothers. Ele também formou a unit "Dreamers" junto com outro 4 finalistas da audição ~EXILE VOCAL BATTLE AUDITION FINALIST~ em 2007.

Vida pessoal:
O pai dele é afro-americano e a mãe é japonesa. Ele nasceu e foi criado no japão e não sabe falar inglês.


Sachio Kinugasa (衣笠 祥雄)


Biografia e carreira:
Sachio Kinugasa (衣笠 祥雄), nascido em 18 de janeiro de 1947, em Kyoto, japão. É um ex-jogador de baseball, jogava no Hiroshima Carp. Ele foi apelidado de "Tetsujin", que significa "Homem de Ferro". Sachio passou o recorde de jogos consecutivos em 1987, com 2215 jogos consecutivos. Este recorde foi quebrado mais tarde por Cal Ripken Jr em 1996. Ele foi introduzido no Hall da Fama do beisebol japonês em 1996. Ele entrou na escola Heian em Kyoto, e avançou para o Campeonato de Beisebol japonês National High School de duas vezes em seu último ano como um apanhador. Ele foi assinado pelo Carp Hiroshima, em 1965, e passou vários anos nos menores, antes de ser convertido para a primeira base em 1968.

Vida Pessoal:
O pai é afro-americano e a mãe é japonesa. Sua camisa número (28, posteriormente alterado para 3) deu-lhe o apelido de Tetsujin (Homem de Ferro), após o cômico robô "Tetsujin 28" (Conhecido como Gigantor nos Estados Unidos). Ele se aposentou em 1987. Existe um estádio em Nagasaki, com nome "Kinugasa", em homenagem a ele.


Fonte:
Folha de São Paulo

Blog da Monikita

Comentários

  1. Adorei a reportagem,não conhecia esse termo Hafu, muito interessante.

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  2. Artigo entesante, espero conhecer uma japo-negra por aqui em Brasilia . eu sou Brasi-negro daria certinho até porque eu tenho um carinho tão grande por mulher japonesa elas são o máximo sabem se comporta como mulheres mesmo de verdade.
    nesse ano de 2019 que eu conheça uma

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  3. Olá! Conheci esse blog hoje e adorei ler esta matéria, até porque, não sabia dessa parcela de mestiços de origem negra no Japão. Ótimo divulgar o assunto. Parabéns!!

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