Idi Amin Dada (ca. 1920 – Jidá, 16 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin se juntou ao King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quênia. Eventualmente, ele chegou a patente de Major-General no exército ugandense, e tornou-se Comandante antes de liderar um golpe de estado em 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, se autopromoveu a Marechal de Campo.
Amin nunca escreveu uma autobiografia ou autorizou algum relato oficial sobre sua vida, dessa forma, há discrepâncias sobre quando e onde ele nasceu. A maioria das fontes biográficas afirmam que ele nasceu em Koboko ou Kampala por volta de 1925. Outras fontes colocam seu nascimento em 1923 ou em 1928. De acordo com Fred Guweddeko, um pesquisador da Universidade Makerere, Amin era filho de Andreas Nyabire. Nyabire, um kakwa, converteu-se do catolicismo para o islamismo em 1910 e mudou seu nome para Amin Dada. Ele nomeou seu primeiro filho em sua homenagem. Abandonado pelo pai ainda jovem, Idi Amin cresceu com a família de sua mãe em uma fazenda no noroeste de Uganda. Guweddeko diz que sua mãe se chamava Assa Aatte, uma lugbara cristã e herbalista tradicional que tratava os membros da realeza de Buganda, entre outros. Amin entrou em uma escola islâmica de Bombo no ano de 1941. Após alguns anos, ele saiu da escola tendo estudado apenas até a quarta série, trabalhando em bicos até ser recrutado como oficial pelo exército colonial britânico.
Em 1962, Uganda se tornou um país independente e, quatro anos depois,Idi Amin foi nomeado líder do Exército e da Marinha pelo presidente Milton Obote. Em 1971, ele deu um golpe de Estado em Obote e se declarou presidente vitalício.
No Exército, foi um esportista de sucesso e ganhou nove títulos comoboxeador. Também lutou contra rebeldes na Somália e no Quênia e, em 1954, foi promovido a effendi, maior patente militar que um negro poderia alcançar na época.
Seu governo foi brutal. Idi Amin formou um grupo de conselheiros que agia como uma milícia, eliminando oponentes reais e imaginários do ditador. Estima-se que cerca de 300 mil pessoas tenham sido assassinadas por ordens dele.
As atrocidades também rolaram na vida familiar. Kay Amin, uma das várias esposas do ditador, foi encontrada morta, com o corpo todo mutilado, após tentar fazer um aborto. Idi Amin teria descoberto que Kay o traíra com um amante.
Em 1979, tropas da Tanzânia – invadida pelo ditador – e ugandenses rebelados forçaram o exílio de Amin. Ele morreu, por falência múltipla dos órgãos, na Arábia Saudita, em 2003.
Em 2006, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker estrela o filme encarnando o ditador ugandense, papel pelo qual conquistou o Oscar da Academia como melhor ator.
Fonte:
Mundo Estranho
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