Valerian


Valérian, agente espácio-temporal, é uma série de banda desenhada franco-belga de ficção científica criado por Pierre Christin, escritor,Jean-Claude Mézières, desenhador e Évelyne Tranlé, colorista. A sua primeira aparição, surge na edição 420 da revista Pilote a 9 de Novembro de 1967, sendo posteriormente publicada em álbum pela Dargaud a partir de 1970. Esta é uma das séries francesas mais antigas.
A série enfoca as aventuras do Valérian, um agente espaço-temporal, e sua colega, Laureline, enquanto viajam o universo pelo espaço e pelo tempo. Valérian é um herói clássico, bondoso, forte e corajoso que segue as ordens de seus superiores, mesmo que sinta, no fundo, que é a coisa errada a fazer. Por outro lado, sua parceira Laureline combina sua inteligência superior, determinação e independência com sex-appeal. Influenciado pela ficção científica clássica, a série mistura a space opera com viagens no tempo. Os textos de Christin são notáveis para seu humor, complexidade e ideias políticas liberais fortemente humanistas, a arte de Mézières é caracterizada por suas descrições vívidas dos mundos e das espécies extraterrestres encontrados por Valérian e Laureline em suas aventuras. A série é considerada um marco na banda desenhada europeia e da cultura pop, e influenciou outros meios de comunicação também: vestígios de seus conceitos, histórias e desenhos podem ser encontrados em filmes de ficção científica como Star Wars e The Fifth Element.
Em 2007, no quadragésimo aniversário da criação da série, com o lançamento de L'Ordre des Pierres , a série muda de nome paraValérian et Laureline. A partir dessa data, as reimpressões dos álbuns, passaram a ter esse título.
A série Valérian e Laureline é "tanto um clássico da nona arte como uma obra prima da ficção científica" já vendeu mais de 2.500.000 cópias. Na tradição da ficção científica, acrescenta uma dimensão especial ao género space opera abrindo a porta para todas as séries atual de ficção científica, com um ambiente especial que incorpora alguns dos componentes básicos da fantasia heróica, apesar de o títulofantasia não aparecer na série, abriu a porta a todas as actuais séries de ficção científica, antecipação e fantasia heróica, como disse Stan Barets na introdução do Intégrale No. 1, "a série Laureline e Valérian e é o arquétipo original a partir da qual todos os outros foram feitos".
Depois de vários testes de Mézières e Christin, Valérian e Laureline ganha uma série animada em 2007, uma produção franco-japonesa inspirada em animes. foi apresentada pela primeira vez em França a 7 de Novembro de 2007, no Canal + Família, mantendo-se a continuação da série no canal France 3.
Uma adaptação cinematográfica dirigida por Luc Besson, Valérian et la Cité des mille planètes, está prevista para 2017.
No final dos anos 1960 , época da primeira publicação de Valerian, séries de banda desenhada de ficção científica ainda eram escassos. Entre os títulos haviam raras precursoras antes da Segunda Guerra Mundial:
  • Estadunidenses: Buck Rogers, criada por Philip Francis Nowlan e Dick Calkins (1929), Brick Bradford, criada por William Ritt e Clarence Gray (1933) e Flash Gordon, criada por Alex Raymond (1934).
  • Francesas: Futuropolis de Martial Cendres e René Pellos (1937).
Depois da Segunda Guerra na França:
  • Pionniers de l'Espérance de Roger Lecureux e Raymond Poïvet (1945), Kaza le Martien de Kline (1946), Barbarella por Jean-Claude Forest (1962), Les Naufragés du temps por Jean-Claude Forest e Paul Gillon (1964) e Lone Sloane por Philippe Druillet (1966)
Durante a criação, em 1959, da revista Pilote, os seus editores tentaram cobrir todos os géneros de banda desenhada. A revista tem de fazer frente à concorrência principalmente a Le Journal de MickeySpirouLe Journal de Tintin e Vaillant. Assim, com um índice bastante ecléctico, o número 1, lançado a 29 de Outubro de 1959, apresentava, entre outros Asterix o gaulêsAs Aventures de Michel Tanguy,Barba RuivaO Escoçes Jacques Le Gall e Le Petit Nicolas, mais tarde Bob Morane (1962) e Bluberry (1963). Enquanto o editorRené Goscinny, procurava novos criadores para a Pilote, Greg, editor da revista Tintin, mas também colaborador da revista Pilote, escreveu e publicou, em Janeiro de 1967 uma história de ficção científica, Luc Orient, desenhada por Eddy Paape.
Valérian apareceu pela primeira vez em 9 de Novembro de 1967 na edição 420 da revista Pilote, os primeiros doze arcos foram publicados na revista.
Após a sua primeira colaborações na revista Jean-Claude Mézières e Pierre Christin buscavam um género para publicar na revista, Mezieres foi atraído pelo western, , tendo ele próprio vivido como cowboy no Estados Unidos, contudo, o género género já estava representado em séries como Blueberry de Moebius, Lucky Luke de René Goscinny e Morris e Jerry Spring de Jijé. Depois de pensarem uma história medieval, ou uma história no século XIX na linha de Arsène Lupinou Sherlock Holmes, concordaram no gênero ficção científica, sendo ambos leitores de revistas como Fiction e Galaxy Science Fiction.

Christin cita os autores John Wyndham, A. E. van Vogt, Isaac Asimov, Poul Anderson, Jack Vance, Dan Simmons, Ray Bradbury, René Barjavel e Theodore Sturgeon. Mezieres é um menor leitor regular do gênero, mas ele leu todos os clássicos, como Isaac Asimov, A. E. van Vogt, Philip K. Dick ou Jack Vance. O nome Valérian veio de Valéran, prince des ténèbres, herói do livro de Nathalie Henneberg, o último publicado na coleção Le Rayon Fantastique.


O primeiro arco a ser reunido em um álbum pela Dargaud foi La Cité des Eaux Mouvantes, o décimo-terceiro arco, Sur les frontières foi publicado diretamente no formato álbum. Sete histórias curtas foram publicados entre 1969 e 1970 na revista Super Pilote, uma revista em formatinho, essas histórias foram reunidas em um álbum chamado Par Les Chemins De l’Espace, publicado em 1997.


Quando Les Mauvais Rêves foi eventualmente publicado como um álbum, recebeu o número "0" para refletir sua posição como a aventura de estréia na série.

A série foi originalmente publicada sob o título Valérian, agent spatio-temporel, no entanto, com a publicação do álbum L'Ordre des Pierres em 2007, a série passou a se chamar Valérian et Laureline.

Em outubro de 2009, foi publicado o romance ilustrado Valérian et Laureline : Lininil a disparu, escrito por Christin e ilustrador por Mézières.

Em 22 de Janeiro de 2010, foi publicado o último álbum, L'OuvreTemps.

Depois de terminar a série, os criadores permitiram que os outros autores produzissem histórias, contudo, essas não deveriam ser continuações da série, mas sim releituras, chamada de Valérian Vu Par, o primeiro volume foi L'Armure du Jakolass de Manu Larcernet, publicado em 2011, o segundo volume ilustrado por Mathieu Lauffray e roteirizado por Wilfrid Lupano, será publicado em setembro de 2017.
O diretor francês Luc Besson foi o escolhido para transportar o universo de Valérian para as telas dos cinemas. Feita em inglês, o longa é uma superprodução, provavelmente uma das mais caras feitas pelo cinema francês.

No elenco, estão Dane DeHaam como Valérian, e Cara Delevingne, como Laureline. Além deles, o filme conta com Rihanna, Ethan Hawke, John Goodman,


Fonte:
Diversão e Arte
Wikipédia

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