Vlad nasceu em 8 de novembro de 1431 na Transilvânia. Naquela época, o pai de Draculea, Vlad II, estava exilado na Transilvânia. Vlad Dracul estava tentando conseguir apoio para seu plano de destronar o príncipe regente da Valáquia, do Clã Danesti, Alexandru I. A casa onde Draculea nasceu ainda está de pé nos dias de hoje. Em 1431 estava localizada numa próspera vizinhança cercada pelas casas de mercadores saxões emagiares, e pelas casas dos nobres (Nota: essas casas geralmente eram utilizadas quando os nobres ficavam na cidade, pois, os nobres moravam no campo).
Sabe-se pouco sobre os primeiros anos da vida de Draculea. É sabido que ele teve um irmão mais velho chamado Mircea e um irmão mais novo chamado Radu. Sua educação primária foi deixada nas mãos de sua mãe, uma nobre da Transilvânia, e de sua família. Sua educação real começou quando, em 1436, seu pai conseguiu clamar para si o trono valaquiano, matando seu príncipe rival do Clã Danesti, Alexandru I. Seu treinamento foi o típico dado para os filhos da Nobreza pela Europa. Seu primeiro tutor no aprendizado para a Cavalaria foi dado por um guerreiro que lutou sob a bandeira de Enguerrand de Courcy na Batalha de Nicópolis contra os Turcos. Draculea aprendeu tudo o que era demandado a um Cavaleiro Cristão sobre guerra e paz.
A Romênia era um país que estava dividida entre o mundo cristão e o mundo muçulmano (Turquia). No século XV ela estava em guerra contra o Império Otomano, que lutava para conquistar a região. Vlad II defendia a região romena da Transilvânia de ataques dos turcos com sucesso, tanto que chamou a atenção do sacro imperador romano Sigismundo de Luxemburgo.
Em 1431, Vlad II entrou para a Ordem do Dragão, uma fraternidade secreta militar e religiosa, cujo objetivo era proteger a igreja católica contra heresias, criada pelo sacro imperador romano Sigismundo e sua segunda esposa, Bárbara Von Cilli. Outro objetivo da Ordem, era organizar uma cruzada contra os turcos, que haviam invadido a Península dos Balcãs.
É importante saber que quando Vlad II entra para a Ordem do Dragão, ele ganha o apelido de Dracul que vem do latim draco ("dragão"), e passa a ser chamada Vlad II Dracul.
Os Turcos finalmente foram bem sucedidos em forçar Vlad a fugir para a Transilvânia em 1462. Foi reportado que a primeira esposa de Vlad cometeu suicídio pulando das torres do castelo de Vlad para as águas do rio Arges ao invés de se render aos Turcos. Draculea fugiu pelas montanhas em direção à Transilvânia e apelou para Matias Corvino, Rei da Hungria por ajuda. Ao invés disso, o rei prendeu-o e aprisionou-o numa torre por 12 anos.
Aparentemente o seu aprisionamento não foi nem um pouco oneroso. Ele foi capaz de gradualmente ganhar as graças da monarquia húngara; tanto que ele conseguiu casar-se e tornar-se um membro da família real (algumas fontes clamam que a segunda esposa de Vlad era na verdade a irmã de Matias Corvino). A política a favor dos Turcos do irmão de Vlad, Radu o Belo, que foi o príncipe da Valáquia durante a maior parte do tempo em que Vlad esteve prisioneiro, provavelmente foi um fator importante na reabilitação de Vlad. É interessante notar que a narrativa russa dessas histórias, normalmente favoráveis a Vlad, indicavam que mesmo durante a sua prisão Vlad não desistiu de seu passatempo preferido: ele costumava capturar pássaros e ratos que ele torturava e mutilava - alguns eram decapitados, esfolados e soltos, e muitos eram empalados em pequenas lanças.
O tempo exato do momento de captura de Draculea é aberto para debates. Os panfletos russos indicam que ele foi prisioneiro de 1462 até1474. Entretanto, durante esse tempo Draculea se casou com um membro da família real húngara e teve dois filhos que já tinham por volta de dez anos quando ele reconquistou a Valáquia em 1476. McNally e Florescu colocaram que o período de confinação de Draculea foi de 1462 a1466. É pouco provável que um prisioneiro poderia se casar com um membro da família real. Correspondência diplomática durante o período em questão também parece apoiar a teoria de que o período real do confinamento de Draculea foi relativamente pequeno.
Aparentemente, nos anos entre sua libertação em 1474, quando ele começou as preparações para a reconquista da Valáquia, Draculea viveu com sua nova esposa na capital húngara. Uma anedota daquele período conta que um capitão húngaro seguiu um ladrão dentro da casa de Draculea. Quando Draculea descobriu os intrusos ele matou o capitão ao invés do ladrão. Quando Draculea foi questionado sobre suas atitudes pelo rei ele respondeu que um cavalheiro não se apresenta a um grande governante sem as corretas introduções - se o capitão tivesse seguido a etiqueta não teria sofrido a ira do príncipe.
Em 1476 Dracula mais uma vez estava pronto para atacar. Draculea e o príncipe István Báthory invadiram a Valáquia com uma força mista de transilvanianos, alguns burgueses valaquianos insatisfeitos e um contingente de moldávios enviados pelo primo de Draculea, Príncipe Estêvão , o Grande da Moldávia. O irmão de Draculea, Radu, o Belo, havia morrido alguns anos antes e substituído por um candidato ao trono apoiado pelos Turcos, Bassarabe, o Velho, membro do clã Danesti. Enquanto o exército de Draculea se aproximava, Basarab e sua corte fugiram, alguns buscando proteção dos Turcos, outros para os abrigos das montanhas. Depois de colocarem Draculea de volta ao trono, Stephan Bathory e as outras forças de Draculea voltaram à Transilvânia, deixando a posição tática de Draculea muito enfraquecida. Draculea teve muito pouco tempo para ganhar apoio antes de um grande exército turco invadisse a Valáquia determinado a devolver o trono a Basarab. Ao que tudo indica, mesmo os plebeus, cansados das depredações do empalador, abandonaram-no à sua própria sorte. Draculea foi forçado a lutar contra os Turcos com pequenas forças à sua disposição, algo em torno de menos de quatro mil homens.
Draculea foi morto em batalha contra os turcos perto da pequena cidade de Bucareste em 14 de dezembro de 1476. Algumas fontes indicam que ele foi assassinado por burgueses valaquianos desleais quando ele estava prestes a varrer os Turcos do campo de batalha. Outras fontes dizem que Draculea caiu vencido rodeado pelos corpos dos leais guarda-costas (as tropas cedidas pelo Príncipe Stefan da Moldávia permaneceram com Draculea mesmo após István Báthory ter voltado à Transilvânia). Outra versão é a de que Draculea foi morto acidentalmente por um de seus próprios homens no momento da vitória.
O corpo de Draculea foi decapitado pelos Turcos e sua cabeça enviada à Constantinopla, onde o Sultão a manteve em exposição em uma estaca como prova de que o Empalador estava morto.
Ele foi enterrado em Snagov, uma ilha-monastério localizada perto de Bucareste. Em 1931, quando arqueólogos escavaram o túmulo, não encontraram nada, apenas ossos de animais, o que contribuiu para o mistério.
Assombrado
http://www.assombrado.com.br/2014/10/a-historia-real-de-vlad-tepes-filme.html
Wikipédia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vlad,_o_Empalador
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